Brasileiro dono do Orlando City vende equipe por mais de R$ 2 bi

Flávio Augusto diz que empreendedor precisa ser otimista, mas não pode ser negacionista

Flávio Augusto vendeu Orlando City por mais de R$ 2 bi
21 de Maio de 2021 - 11h36

Oito anos após comprar a equipe de futebol Orlando City, nos Estados Unidos, por cerca de US$ 120 milhões (R$ 276 milhões no câmbio da época, R$ 632 milhões no atual), o empreendedor brasileiro Flávio Augusto da Silva anunciou na última semana a venda do clube para a família norte-americana Wilf, dona do time de futebol americano Minnesota Vikings. O negócio, que também incluiu a equipe de futebol feminino Orlando Pride, o Orlando City B e outros ativos correlatos, como centros de treinamento e um estádio, gira entre US$ 400 milhões (R$ 2,1 bilhões) e US$ 450 milhões (R$ 2,37 bilhões).

"Todo investimento que eu faço tem data de entrada e saída. Nesse caso, levou até mais tempo por conta da pandemia, porque eu imaginava concretizar essa operação ainda em 2020. O negócio ficou suspenso durante alguns meses, mas agora conseguimos concluir", diz o empresário que tem um patrimônio estimado em R$ 1,3 bilhão, segundo o ranking da Forbes Brasil de 2020.

Questionado sobre o momento do futebol no Brasil, Silva relativiza o movimento de clubes-empresa que vem surgindo nos últimos anos. "Não adianta só um time ser empresa, ele precisa estar encaixado em um ecossistema empresarial. Criar um formato assim no Brasil seria uma ruptura muito grande", diz. "Eu não poderia investir num clube brasileiro nem que eu quisesse, não existe estrutura jurídica para isso. O máximo que se pode fazer atualmente é trabalho publicitário, patrocinando clubes ou competições, algo que já fazemos há anos e configura uma relação superficial."