Prefeitura culpa acordo político de Paula Ribas por fechar PS

A instalação do ambulatório de especialidade infantil foi um acordo político na época

Paula Ribas e Dalete durante prestação de contas do HMC
21 de Dezembro de 2017 - 15h33

O trágico fechamento do Pronto Socorro Infantil "Vininha", no Polvilho, virou um jogo de empurra, empurra. Onde a culpa é sempre do outro e ninguém assume a responsabilidade. Antes amiga e parceira de Paula Ribas (PSB), a prefeita interina Dalete Oliveira (PCdoB), agora joga toda culpa do caos administrativo na companheira.

"A instalação do ambulatório de especialidade infantil foi um acordo político na época, firmado pela gestão anterior (Paula Ribas) e a Fenaesc, antiga administradora do hospital municipal", diz a Nota Oficial da prefeitura. No entanto, a atual gestão (Dalete Oliveira) é a mesma de antes (Paula Ribas), porque Dalete é vice-prefeita. Em diversas notícias publicadas no site oficial da prefeitura, Dalete aparece ao lado de Paula realizando a prestação de contas do Hospital, ou seja, ela sabia de tudo porque tinha todos os números nas mãos, inclusive dos pagamentos, valores e empresas envolvidas.

O mais grave é a nota afirmar que a instalação do PS infantil foi um acordo político, nos fazendo crer que a saúde da população é negociada, está à mercê de politicagem e não de questões técnicas. Além disso, diz que o serviço de pediatria agora melhorou porque voltou para dentro do HMC como era antes, mas se era bom porque mudou? A prefeitura gastou milhares de reais para reformar o prédio, comprar equipamentos para depois fechar?

Confira Nota Oficial da Prefeitura sobre o caso

Em atenção à postagem na Página no Facebook "Prefeita interina Dalete Oliveira fecha o Pronto Socorro Infantil "Vininha", no Polvilho"

A Prefeitura de Cajamar esclarece:

O ambulatório de especialidade infantil “Vininha” foi transferido para parte interna do Hospital Municipal Enfermeiro Antônio Policarpo de Oliveira, que mantém o atendimento pediátrico normalmente.

A medida teve objetivo de melhorar a assistência aos pacientes, uma vez que para realizar exames de Raio-X e coleta de sangue, as crianças já precisavam ser encaminhadas para dentro do hospital. Portando, a transferência não prejudicou o atendimento pediátrico, mas facilitou os procedimentos necessários.

A Prefeitura de Cajamar lembra que por mais de 20 anos o atendimento pediátrico já era realizado nas dependências do hospital municipal, por ser mais completo e adequado.

A instalação do ambulatório de especialidade infantil foi um acordo político na época, firmado pela prefeita afastada e a Fenaesc, antiga administradora do hospital municipal.