Tragédia de despejo e destruição de casas poderia ser evitada

Cajamar já possui um caso de jurisprudência positiva na mesma questão na Vila Vitória

Moradores do Cimiga, em Cajamar-Centro, também correm o risco de serem despejados de suas casas
30 de Novembro de 2017 - 19h29

Cajamar chora a destruição das casas dos moradores da Vila Santa Terezinha. Após uma decisão judicial de reintegração de posse, cerca de 120 famílias foram arrancadas de suas casas e ainda tiveram que assistir a triste cena de destruição total das moradias. Pais, mães, crianças e idosos foram colocados no meio da rua.

Fato é que tudo isso poderia ter sido evitado pela prefeita Dalete Oliveira (PCdoB), pois Cajamar já possui um caso de jurisprudência positiva na mesma questão. Em 2011, a Justiça determinou a reintegração de posse de uma área que fica às margens da Rodovia Edgard Máximo Zambotto, ao lado do Pesqueiro do Elias, aonde cerca de 90 famílias viviam, mas seriam colocadas na rua e teriam suas casas destruídas, assim como aconteceu na Santa Terezinha.

No entanto, numa rápida ação do Poder Executivo, que é o responsável pela ação, o ex-prefeito da cidade na época se reuniu com os proprietários do terreno, comissão de moradores, vereadores e membros do judiciário para resolver a questão. Rapidamente ficou acertado que os donos da área cederiam parte do terreno para que as famílias continuassem morando tranquilamente em troca do não pagamento de impostos atrasados como IPTU.

Logo em seguida a prefeitura elaborou um projeto habitacional transformando o terreno em área de interesse social resolvendo a questão. O local foi batizado como Vila Vitória, devido ao trabalho em conjunto do Executivo, Legislativo, Judiciário, empresários e moradores, na preservação dos direitos do cidadão de ter uma vida digna.

“Eu moro aqui (na Vila Vitória) e realmente aconteceu a mesma coisa que na Santa Terezinha, mas na época graças a Deus o prefeito resolveu”, comentou Jennifer Sue Ellen, nas redes sociais. “Isso é verdade! Conseguimos com apoio do prefeito, na época fizemos manifestações, mas só com a intercessão dele conseguimos ficar. Agora essa administração deu as costas, poderiam sim fazer alguma coisa”, finalizou Katia Santos.