Maioria popular quer ter o acesso legal ao porte de armas de fogo

Após mais de dez anos da promulgação do Estatuto do Desarmamento, os homicídios no Brasil aumentaram

Após mais de dez anos da promulgação do Estatuto do Desarmamento, os homicídios no Brasil aumentaram
12 de Outubro de 2017 - 17h20

Projetos de lei que tramitam atualmente no Senado propõem alterações no Estatuto do Desarmamento. A proposta defendida pelo senador Wilder Morais (PP-GO) é a própria revogação do Estatuto, por meio da convocação de um plebiscito, para substituição por uma nova lei que assegure o porte de armas de fogo a quaisquer cidadãos. A ideia conta com quase 100% de apoio popular na consulta pública feita no portal e-Cidadania: já são mais de 233 mil votos a favor e menos de 10 mil votos contrários.

"O cidadão tem o direito de ter uma arma para defender sua família. Tiraram as armas de fogo das mãos da população, mas não tiraram dos bandidos. Todos os dias vemos assaltantes e traficantes com fuzis e o cidadão não pode ter nem um revólver. Hoje, o bandido não tem receio algum de cometer um crime, pois sabe que não encontrará resistência. Mas, ao saber que poderá ser surpreendido, será que ele cometeria esse crime? Nossa segurança seria bem melhor se pudéssemos ter armas de fogo", questiona.

A maioria da população (63,9%) consultada no referendo de 2005 votou a favor da comercialização de armas de fogo e munição em todo o território nacional. Mesmo assim, o governo do ex-presidente Lula contrariou a vontade da maioria popular proibindo o cidadão de ter o direito a uma arma de fogo para se defender. Wilder observa que, após mais de dez anos da promulgação do Estatuto do Desarmamento, não houve redução dos índices de violência. Ao contrário, o total de homicídios no Brasil aumentou em 20%, atingindo a marca de 60 mil assassinatos por ano.

A proposta estabelece algumas exigências para a concessão de porte. Uma delas é a comprovação de capacidade técnica e aptidão psicológica para o uso da arma. Outra é condicionar a autorização para o porte não só ao interesse do ente federativo ao qual o agente está vinculado, mas também à exigência de sua formação prévia em centros de treinamento policial.