PGR pede ao STJ para investigar se JBS comprou as decisões

Mensagens trocadas entre advogada e executivo do grupo sugerem que a companhia mercadejava sentenças

Mensagens trocadas entre advogada e executivo do grupo sugerem que a companhia mercadejava sentenças no STJ
6 de Outubro de 2017 - 08h53

Raquel Dodge pediu ao STF a abertura de um investigação preliminar para apurar se a JBS conseguiu comprar decisões em tribunais superiores por meio da advogada Renata Araújo, filha da desembargadora Maria do Carmo Cardoso.

VEJA revelou mensagens trocadas entre Renata e o diretor jurídico da companhia, Francisco de Assis e Silva, em que eles discutiam estratégias e valores com vistas a obter sentenças favoráveis à empresa de Joesley Batista no STJ.

A bomba foi atirada pelo ex-marido da advogada, Pedro Bettim Jacobi, que levou à Lava Jato um dossiê com provas da atuação, no mínimo, suspeita de Renata.

Raquel também solicitou ao Instituto Nacional de Criminalística uma perícia nas mídias entregues por Jacobi. Concluída a análise, o material deve retornar à PGR.

Renata Araújo gostava de vender influencia e proximidade com alguns dos principais personagens do universo jurídico nacional, inclusive com a nova chefe do Ministério Público Federal.

A advogada organizava jantares com a presença das excelências e chegou a promover um evento de apoio à candidatura de Raquel à PGR.