Presidente Lula diz que país pode formar seus gênios e permitir que eles trabalhem aqui

Lula afirma que o IMPA Tech permitirá que os gênios brasileiros possam ser formados no país

O presidente Lula, o prefeito do Rio, Eduardo Paes, e a ministra Luciana Santos (Ciência e Tecnologia)
15 de Agosto de 2023 - 10h33

Ao participar nesta quinta-feira (10), de visita às obras do local que abrigará o primeiro curso de graduação da história do Instituto de Matemática Pura e Aplicada (IMPA), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o IMPA Tech permitirá que os gênios brasileiros possam ser formados no país e que trabalhem no Brasil em vez de serem exportados para outras nações.

“Esse país não pode continuar permitindo que seus gênios vão trabalhar lá fora e se formar lá fora quando a gente pode formá-los aqui dentro e trabalhar aqui dentro. Tudo aquilo que você faz e que traz resultado benéfico para as pessoas é investimento. E não tem investimento mais barato do que investir em educação. É a educação que vai garantir que esse país seja o que a gente sonha há tanto tempo”, disse Lula.

O IMPA oferece cursos de doutorado, mestrado e mestrado profissionalizante, promove formação continuada de professores de matemática e organiza a Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (OBMEP). O IMPA Tech é o primeiro curso de graduação da história do instituto, um dos centros de pesquisa de matemática mais respeitados e reconhecidos do mundo.

DESEMPENHO - Com previsão para abrir em 2024, o IMPA Tech vai usar o desempenho dos estudantes em olimpíadas do conhecimento, como a OBMEP, no processo seletivo. O curso terá ênfase em matemática, ciência da computação, ciência de dados e física. O espaço no Porto Maravilha vai abrigar um hub de tecnologia para startups e grandes empresas do setor, além do IMPA Tech.

O Governo Federal, por meio dos ministérios da Educação e da Ciência e Tecnologia, fica responsável pelo custeio da faculdade, começando com 100 alunos no primeiro ano e investimentos de R$ 16,7 milhões. Ao fim de quatro anos, serão 400 estudantes e aporte de R$ 55,9 milhões.

“A gente está falando o seguinte: as 400 mentes mais brilhantes desse país vão vir para cá, vão estudar aqui, morar aqui, e vão ajudar, a partir daqui, a construir um Brasil melhor, um Brasil que acredita no seu potencial, na sua capacidade de fazer e de entregar”, ressaltou o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes.

Ele participou da assinatura do Protocolo de Intenções para o Estabelecimento de Programa de Graduação em Matemática Aplicada à Tecnologia e Inovação, ao lado do ministro da Educação, Camilo Santana, e da ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.

PORTO MARAVILHA – A solenidade foi marcada pela assinatura do Termo de Declaração do Acordo do Porto Maravilha pela presidente da Caixa Econômica Federal, Maria Rita Serrano, e pelo prefeito Eduardo Paes. O acordo permite a ampliação e requalificação dos espaços de uso público da região, visando à melhoria da qualidade de vida dos atuais e futuros moradores e a sustentabilidade ambiental e socioeconômica da região.

“O Porto Maravilha é o maior projeto de reforma urbana do Brasil. É a maior operação com maior impacto urbano numa zona portuária. Esse processo começa lá em 2009, em 2017 e 2018 ele praticamente é paralisado por conta de processo judicial e de questionamentos. Em sete meses de gestão, conseguimos destravar isso e refazer o acordo. A pacificação desse acordo vai revitalizar a área, trazer o bem para o turismo, para a área cultural, para a área imobiliária e gerar empregos”, Rita Serrano.

Segundo a executiva, só em empreendimento imobiliário na região há potencial para a geração de quase 400 mil empregos no próximo período.

GALEÃO – O evento também marcou a assinatura da Resolução Nº 1 do Conselho de Aviação Civil (Conac) pelo ministro Portos e Aeroportos, Márcio França. O documento determina medidas para a redução de voos no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro. Segundo a texto, as operações deverão ser planejadas observando um critério geográfico — distância máxima de 400 quilômetros de seu destino (ou origem), em aeroportos de voos domésticos. Com isso, o aeroporto vai manter rotas para São Paulo, Belo Horizonte e Vitória. Porém, o Santos Dumont não irá manter as operações com aeroportos internacionais, como Guarulhos e Confins, por exemplo.

“Não é preciso ser engenheiro ou gestor para saber que não tem sentido o aeroporto do Galeão ficar paralisado porque as pessoas, por comodidade, preferem sair do Santos Dumont. O Galeão foi construído para ser o aeroporto internacional, a entrada de qualquer estrangeiro que quiser vir ao Brasil. Fazemos isso porque é necessário diversificar para criar uma coisa mais inteligente: as pessoas voarem num aeroporto que pode receber muito mais gente”, frisou o presidente Lula.

A determinação será adotada a partir de 2 de janeiro de 2024, para permitir a adequação das malhas das empresas aéreas e minimizar o impacto sobre os passageiros. A medida atende demanda apresentada pela Prefeitura do Rio de Janeiro, Governo do Estado e Infraero, que administra o terminal. Conforme a Infraero, serão implantadas áreas de escape na pista do aeroporto, visando a segurança operacional dos voos, levando em conta que o Santos Dumont é limitado, geograficamente, pela Baía de Guanabara.

A obra, já executada com sucesso no Aeroporto de Congonhas (SP), faz parte do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), que será anunciado nesta sexta-feira (11/8) pelo Governo Federal. O Ministério dos Portos e Aeroportos e a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) tomarão providências necessárias à execução da Resolução, que vigorará até a finalização das obras.

Foto: Ricardo Stuckert /PR