Padre Kelmon domina debate da Globo e expõe verdadeira face Lula

O momento mais acalorado do evento foi o embate entre Kelmon e Lula

Kelmon afirmou que o petista é “responsável pela corrupção no Brasil” e o irritou ao dizer que o ex-presidente mente
30 de Setembro de 2022 - 10h28

O candidato do PTB à Presidência da República, Padre Kelmon, atuou mais uma vez como linha auxiliar do presidente Jair Bolsonaro (PL) no debate com candidatos à Presidência da República promovido pela TV Globo nesta quinta-feira (29).

Durante o evento, o padre da Igreja Católica Apostólica Ortodoxa do Peru criticou a esquerda, teve embates com Soraya Thronicke, candidata do União Brasil à Presidência, e o postulante do PT ao Planalto, Luiz Inácio Lula da Silva.

Kelmon escolheu Bolsonaro para fazer sua 1ª pergunta no debate. Citou a criação do auxílio emergencial durante a pandemia e questionou se o presidente continuaria com a política em um eventual 2º mandato. No final de sua resposta, o chefe do Executivo afirmou que toda a bancada do PT votou contra a criação do Auxílio Brasil. “Eles não têm qualquer preocupação de atender os mais humildes. Eles querem que os mais humildes sofram, para dizer que eles são os salvadores da pátria”, disse Bolsonaro.

Durante a réplica, Kelmon acompanhou o presidente nas críticas à esquerda e ao PT. “Nós sabemos qual é o plano da esquerda. Nós sabemos que a esquerda quer calar a voz dos padres, quer calar a voz da Igreja. Uma esquerda que segue a Agenda 2030. Uma esquerda que denigre aqueles que querem fazer o bem”, declarou o candidato.

Ao ser questionado por Soraya Thronicke se não se arrependia por defender a gestão de Bolsonaro da pandemia, Kelmon afirmou que ela e “outros candidatos” deveriam se arrepender de mentir aos eleitores. Ele criticou a principal proposta da candidata, a criação de um imposto único, e defendeu a redução “do Estado inchado”.

“Você, eleitor, precisa ficar bem atento a esse tipo de proposta de candidatos falaciosos que só estão aqui tentando te enganar. Essa é a verdade. Reduza o tamanho do Estado, deixe o Estado pequeno, vai sobrar dinheiro, para que esse dinheiro volte para a educação e para a saúde”, disse. Kelmon se incomodou com a afirmação de Thronicke de que ele seria “cabo eleitoral de Bolsonaro”, o que causou a paralisação do debate por alguns segundos. Ao expor as mortes e outras consequências da covid-19, a candidata também questionou se o padre não teria “medo de ir para o inferno”.

“Medo de ir para o inferno eu não tenho, porque todos os dias eu morro um pouquinho de mim mesmo para viver o evangelho, coisa que a senhora não sabe o que é. Se a senhora soubesse o que é, a senhora não estava desrespeitando um padre. Mandando um padre ir para o inferno”, disse Kelmon.