Desemprego tem maior queda desde o fim de 2014

Melhora no trimestre encerrado em junho mostra que mais de 1,3 milhão de pessoas foram reposicionadas

Melhora no trimestre encerrado em junho mostra que mais de 1,3 milhão de pessoas foram reposicionadas
28 de Julho de 2017 - 18h41

Com a economia em retomada, caiu o número de desempregados no País. No trimestre encerrado em junho, na comparação com o trimestre encerrado em março, a taxa de desocupação passou de 13,7% para 13%. Os dados são do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) e foram divulgados nesta sexta-feira (28).

Esse é o primeiro recuo significativo da taxa desde o trimestre encerrado em dezembro de 2014, informou a instituição. Diante desse resultado, a população de pessoas desempregadas caiu de 14 milhões para 13,5 milhões.

Os dados revelam ainda que a população atualmente empregada cresceu 1,4% frente ao trimestre encerrado em março. Na prática, isso significa que mais de 1,3 milhão de pessoas foram reposicionadas no mercado de trabalho e voltaram a ter renda.

Ainda de acordo com o IBGE, o número de empregados com carteira de trabalho ficou estável em 33,3 milhões de pessoas, enquanto o número de trabalhadores por conta própria cresceu 1,8% no trimestre (+396 mil pessoas).

Melhor que o esperado

Flávio serrano, economista do banco de investimentos Haitong, avalia que essa recuperação do mercado de trabalho é apenas o início de um movimento maior de retomada. “Os números vieram um pouco melhores que o esperado pelo mercado financeiro”, observou. "A recuperação deve continuar", afirmou.

Para Artur Manoel Passos, analista econômico do Itaú Unibanco, o ritmo de retomada da atividade econômica vai ser determinante para a recuperação do mercado de trabalho nos próximos trimestres.

Segundo ele, a modernização trabalhista também vai trazer impactos positivos. "A recém-aprovada reforma trabalhista terá impactos positivos sobre a eficiência do mercado de trabalho e pode afetar a taxa de desemprego", argumentou.

Os dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged) também mostram uma recuperação do mercado de trabalho. Nos primeiros seis meses do ano foram criadas 67,3 mil vagas formais de emprego, resultado que garantiu o melhor semestre em três anos.

Fonte: Portal Brasil, com informações do IBGE, do Ministério do Trabalho, do Itaú Unibanco e do Haitong