Internações dos menores de 18 anos em UTI sobem 61% em SP

Dados evidenciam que a variante Ômicron do novo coronavírus está contaminando as crianças

Os dados evidenciam que a variante Ômicron do novo coronavírus está contaminando rapidamente as crianças
20 de Janeiro de 2022 - 09h47

Entre novembro do ano passado e janeiro deste ano, a internação de menores de 18 anos com covid-19 em unidades de terapia intensiva (UTI) cresceu 61,3%. A informação foi dada nesta quarta-feira (19) pelo governador de São Paulo, João Doria, que lembrou que esse dado reforça a necessidade de que esse público também seja vacinado contra a covid-19.

No dia 15 de novembro de 2021 haviam 106 pacientes menores de 18 anos internados em estado grave no estado de São Paulo por causa da covid-19. Já na última segunda-feira (17), esse número subiu para 171 internações em UTIs. “Os dados da Secretaria de Saúde mostram alta de 61% na hospitalização de menores de 18 anos em UTIs, nos últimos dois meses, no estado de São Paulo. Os dados evidenciam a necessidade de acelerarmos a vacinação infantil”, disse o governador.

“Os dados evidenciam que a variante Ômicron do novo coronavírus está contaminando rapidamente nossas crianças e que a vacinação é urgente e fundamental para prevenir casos graves, internações e óbitos nessa população”, reforçou Jean Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde.

Crescimento de internações

Com a chegada da variante Ômicron, as internações em unidades de terapia intensiva de São Paulo cresceram não somente entre as crianças e adolescentes, mas em todos os públicos. “Temos observado uma crescente de novas internações nas últimas cinco semanas, mas especialmente nas últimas duas semanas epidemiológicas tivemos quase 89% de elevação”, falou o secretário.

Atualmente, o estado tem uma taxa de ocupação de leitos de UTI de 54,17%, com 2.842 pessoas internadas em estado grave e 5.556 em enfermarias. Na semana passada, a taxa de ocupação estava em 39,01%, com 1.824 pessoas internadas em estado grave e 3.679 pessoas internadas em enfermarias de todo o estado. Apesar desse aumento, o número de pessoas internadas ainda é inferior ao que foi observado no pico da segunda onda da pandemia, ocorrida entre os meses de março e maio do ano passado.