Número de investidores na B3 chega a 3,4 milhões de pessoas

O número de investidores brasileiros em ações cresceu 26% na comparação com setembro de 2020

O brasileiro vem aprendendo que pode diversificar sua carteira com oportunidades em renda fixa e renda variável
9 de Novembro de 2021 - 12h26

A B3 bateu a marca histórica de 4 milhões de contas de pessoas físicas em renda variável em outubro. Em número de CPFs, os investidores somam 3,4 milhões (uma mesma pessoa pode ter conta em diversas corretoras), com um total de R$ 490 bilhões mantidos na Bolsa. Segundo um estudo trimestral com dados até setembro de 2021, também divulgado pela B3, o número de investidores em ações cresceu 26% na comparação com setembro de 2020. O aumento foi de 40% especificamente nos fundos de investimento imobiliários (FIIs), de 96% nos fundos de índices (ETFs) e de 1.414% nos BDRs (Brazilian Depositary Receipt), na mesma comparação.

De acordo com o material, nos últimos 12 meses houve um aumento de 800 mil investidores pessoas físicas no mercado de capitais, que já representam 16% do total de recursos investido em equities – categoria que considera ações à vista, FIIs, ETFs, BDRs e outros produtos – na B3. Segundo a B3, o número médio de investidores que fazem ao menos um negócio no mês está acima de 1 milhão desde 2020. No terceiro trimestre de 2021, as pessoas físicas que operaram no segmento de equities pelo menos uma vez por mês superou 1,5 milhão. Em 2019, o número era de cerca de 500 mil.

Atualmente, esses investidores são responsáveis por 24% do volume negociado na B3. A Bolsa informou ainda que a carteira dos investidores tem ficado mais diversificada. Em 2016, 78% das pessoas físicas detinham apenas ações em seus portfólios, um percentual que caiu para 49% em 2021. Cresceu o número de pessoas físicas que possuem vários ativos na carteira: um a cada dois investidores têm mais de cinco tickers, segundo a Bolsa. Em 2016, 39% deles possuíam apenas um ativo, contra 21% atualmente.

Em setembro de 2021, as empresas que possuíam mais pessoas físicas na base acionária eram Banco do Brasil, Bradesco, Itaú, Itaúsa, Magazine Luiza, Oi, Petrobras, Sanepar, Taesa e Via Varejo. Já entre os BDRs, os preferidos por esses investidores eram Apple, Amazon, Alibaba, Coca Cola Company, Walt Disney, Facebook, Alphabet (controladora do Google), Mercado Livre, Microsoft e Tesla.