Guedes projeta melhora da economia em 40 dias com vacinação

Ministro da Economia também afirmou desejo de antecipar 13º salário de aposentados e pensionistas

Paulo Guedes projeta retomada da economia com vacinação em massa
29 de Março de 2021 - 11h23

O ministro da Economia, Paulo Guedes, projetou uma melhora da economia para daqui a 40 dias com a desaceleração do contágio da Covid-19 com o isolamento “um pouco mais inteligente e seletivo” e a aceleração da vacinação. “Como prometeu o ministro Marcelo Queiroga, se tivermos um ritmo de vacinação de um milhão de doses por dia, em pouco mais de um mês vacinaremos todos os idosos. E os óbitos são 85% concentrados em pessoas com mais de 60 anos. Mesmo com as novas variantes, se essa idade de risco abaixar, em 40 dias teremos um novo cenário”, afirmou.

Ele acrescentou que, apesar dos picos da segunda onda estarem mais altos, ao observar outros países, o platô não durou muito tempo: quando entrou a vacina, os números desabaram. “Em 60 dias teremos um novo horizonte completamente diferente”, completou. Por isso, de acordo com o ministro, é importante manter os sinais vitais da economia batendo e repetindo protocolos, como a manutenção do auxílio emergencial, ainda que com um valor menor — porque essa verba chega na ponta. Entre outras medidas, ele citou que, se aprovado o orçamento no Senado, será possível disparar a antecipação dos benefícios de 13º de aposentados e pensionistas.

“Mais de R$ 50 bilhões vêm de dezembro para agora. Vamos proteger os mais vulneráveis e idosos nesta segunda grande guerra. E os recursos podem vir de novo sem impacto fiscal, porque é apenas a antecipação dentro do mesmo ano.” Foi anunciado também o diferimento dos impostos do Simples Nacional — o que deve aliviar a situação das pequenas e médias empresas atingidas pela crise. “São R$ 27 bilhões que não tiraremos de circulação em abril, maio e junho. Esse valor só será pago no próximo semestre, em prestações”, disse Guedes. Da mesma forma, ele citou outras medidas trabalhadas, como o Pronampe, os 11 milhões de empregos protegidos com o Benefício Emergencial e a criação de 140 mil novos empregos mesmo na pandemia. “Os 40 milhões de informais foram beneficiados com o auxílio emergencial porque foram os mais impactados. A opção deles era: ou sai para trabalhar e morre de Covid-19 ou fica em casa e morre de fome. Não podíamos permitir isso”, apontou o ministro da economia do governo Bolsonaro.