Testemunha de ataque terrorista em Berlim seguiu suspeito em fuga

O homem testemunhou como o caminhão invadiu a feira natalina em Berlim

Um caminhão avançou sobre pessoas que estava numa feira de Natal em Berlim (Fabrizio Bensch/Reuters)
20 de Dezembro de 2016 - 10h34

Uma testemunha do suposto atentado terrorista ocorrido na segunda-feira, em Berlim, capital da Alemanha, seguiu o motorista do caminhão em sua fuga pela cidade e avisou a polícia, o que facilitou sua prisão, segundo informações divulgadas nesta terça em vários veículos de imprensa.

Esta pessoa, que não teve nenhum detalhe pessoal divulgado, testemunhou como o caminhão invadiu a feira natalina que estava lotada, matando 12 pessoas e ferindo quase 50. Em seguida, segundo a imprensa local, citando fontes das forças de segurança, viu descer do caminhão o motorista e resolveu segui-lo.

A testemunha, sem perder de vista o suspeito, entrou em contato com a polícia através de seu telefone celular. A dois quilômetros do mercado de rua, nos arredores da Coluna da Victoria, no centro do Tiergarten, o grande parque central de Berlim, vários agentes prenderam o único suspeito até o momento por este fatos, que a polícia de Berlim classifica de “possível atentado”.

Diversos meios de comunicação alemães publicam hoje que o preso seria um jovem do Afeganistão ou Paquistão que chegou na Alemanha como requerente de asilo entre o final do ano passado e início de 2016. Aparentemente, chegou até o país através da rota dos Bálcãs e era já conhecido das forças de segurança da Alemanha, mas não por nenhuma questão relacionada com o terrorismo, mas por pequenos delitos.

Hoje, unidades especiais da polícia entraram em um dos maiores centros de acolhimento de refugiados de Berlim, em um hangar do antigo Aeroporto de Tempelhof, em uma operação relacionada com o ataque.

Por enquanto não foi confirmado oficialmente que se trata de um ataque terrorista, embora a polícia de Berlim tenha afirmado hoje que o caminhão “foi conduzido deliberadamente em direção a multidão” e falou pela primeira vez de um “suposto atentado terrorista”.

(Com agência EFE)