MP diz que porteiro mentiu ao citar Bolsonaro no caso Marielle

Indignado, presidente Jair Bolsonaro reagiu fortemente contra Fake News da Rede Globo

Indignado, presidente Jair Bolsonaro reagiu fortemente contra Fake News da Rede Globo
30 de Outubro de 2019 - 19h48

A procuradora do Ministério Público, Simone Sibilio, chefe do Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco), afirmou que o porteiro do condomínio que citou o nome do presidente Jair Bolsonaro na morte da vereadora do Rio Marielle Franco e de seu motorista Anderson Gomes mentiu em depoimento à Polícia Civil.

De acordo com a procuradora, quem autorizou a entrada de Élcio de Queiroz no condomínio em que Jair Bolsonaro tem uma casa foi Ronnie Lessa, suspeito de ter efetuado os disparos que mataram Marielle e Anderson em 14 março de 2018. O áudio do interfone do condomínio foi cruzado com outro áudio de Lessa pelo Ministério Público, a fim de comprovar que aquela era sua voz. Além disso, o horário batia com o que constava na planilha de entrada no Vivendas da Barra, na Zona Oeste do Rio.

“Todas as pessoas que prestam falsos testemunhos podem ser processadas”, disse Sibilio. “Se ele esqueceu, se ele mentiu… qualquer coisa pode ter acontecido. Ele pode esclarecer. Simples assim.” Segundo as investigações, foram prestados dois depoimentos. No primeiro, foi relatado que ele ligou para a casa de Bolsonaro e teria falado com “seu Jair”, mas o então deputado federal estava em Brasília. No segundo, confrontado com o áudio da conversa, o porteiro manteve a versão, mas deixou dúvidas em relação à veracidade das informações prestadas.

“(O porteiro) Mentiu. Pode ser por vários motivos. E esses motivos serão apurados. O fato é que as ligações comprovam que quem autorizou foi Ronnie Lessa”, afirmou Simone Sibilio.