HMB inicia tratamento com toxina botulínica em pacientes

Após cinco dias da aplicação já existe uma melhora do quadro motor

Após cinco dias da aplicação, já existe uma melhora do quadro motor
27 de Novembro de 2018 - 21h51

A toxina botulínica, popularmente conhecida como Botox - uma das marcas comerciais do produto, tem seu uso associado aos tratamentos estéticos para diminuir linhas de expressão na testa, no canto dos olhos e na região da boca. Mas, esta substância tem várias finalidades médicas, inclusive na área de reabilitação.

O Hospital Municipal de Barueri (HMB), unidade da Prefeitura de Barueri gerenciada em parceria com a SPDM – Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina, iniciou nesta terça-feira (27/11) o tratamento com toxina botulínica para pacientes com espasticidade, ou seja, com alteração na contração do músculo.

De modo geral, esta espasticidade é gerada por alguma lesão no cérebro como derrame, paralisia cerebral, trauma craniano, ou ainda por lesão na medula e traumas graves na coluna. “Como a toxina é aplicada diretamente no músculo, é possível adquirir um relaxamento no local, o que pode auxiliar na realização e na evolução da fisioterapia, além de viabilizar a higiene e a postura adequada”, explica Daniella Nolasco, Fisiatra e Gerente de Reabilitação do HMB, que destaca que o uso desta medicação é feita quando não há melhora apenas com remédios e fisioterapia.

O procedimento, que será oferecido pelo setor de reabilitação da unidade, com encaminhamento da rede básica de saúde e após avaliação do fisiatra, demora entre 20 e 40 minutos, com tem intervalo mínimo de aplicação de quatro meses. Em situações que a lesão é antiga, a toxina botulínica pode manter a estabilidade do quadro e até mesmo evitar a necessidade de cirurgias ortopédicas.

É importante ressaltar que na maioria dos casos, este tratamento deve ser realizado em conjunto com as sessões de fisioterapia, a fim de melhorar a movimentação do paciente, possibilitar o alongamento do membro afetado e uma melhor qualidade de vida. “Após cinco dias da aplicação, já existe uma melhora do quadro motor, mas os resultados definitivos acontecem no período de 30 dias”, afirma a fisiatra, que considera uma conquista para a cidade a possibilidade de oferecer um procedimento diferenciado e de alta complexidade, representando um avanço tanto na reabilitação quanto na evolução dos pacientes.