Hospital de Barueri recebe primeira doação de órgãos em 2018

Recentemente a unidade promoveu treinamento sobre o tema para os colaboradores

Recentemente a unidade promoveu treinamento sobre o tema para os colaboradores
13 de Novembro de 2018 - 09h29

O Hospital Municipal de Barueri (HMB), unidade da Prefeitura de Barueri gerenciada em parceria com a SPDM (Associação Paulista para o Desenvolvimento da Medicina), no último sábado (3), recebeu a primeira doação de órgãos em 2018. A decisão estritamente familiar viabilizou a doação de rins, fígado e córneas, que foram encaminhados diretamente para o Hospital das Clínicas.

Alguns órgãos como tecidos, córneas, medula óssea, um dos órgãos duplos e parte do fígado e do pulmão podem ser doados ainda em vida. Já coração, fígado, pâncreas, intestino, pulmões, rins, pele, veias, válvulas cardíacas, ossos e tendões só são doados em casos de morte. É importante lembrar que o corpo do doador não fica deformado, pois o órgão é retirado como se fosse uma cirurgia comum e há preenchimento com uma prótese ou estrutura semelhante.

De acordo com o último levantamento da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO), mais de 32 mil pessoas aguardam na fila, sendo que 21.932 esperam por rim e 8.574, por córneas. Por isso, a doação de qualquer órgão é uma conquista para a unidade de saúde já que representa uma forma de diminuir a fila de transplantes. “Essa primeira doação demostra que a preparação da equipe começou a dar bons resultados e nos motiva a prosseguir na capacitação”, explica Jorge Rabelo, coordenador da Comissão Intra-Hospitalar de Transplante (CIHT) do HMB, que ressalta o esforço da comissão para alcançar proficiência na captação de doadores.

Durante o Setembro Verde, mês de conscientização sobre doação de órgãos, a CIHT promoveu um treinamento com quatro palestras para orientar toda a equipe multiprofissional, com objetivo de preparar a unidade para lidar com o assunto de forma profissional e ao mesmo tempo humana.

O hospital oferece a doação como uma alternativa para melhorar a qualidade de vida de outras pessoas, mas a decisão é exclusivamente da família. Por isso é fundamental que a intenção de ser doador seja exposta sempre que possível, já que que não existe nenhum documento ou declaração feita em vida válida ou necessária para ser doador de órgãos e tecidos.