Greve geral dos caminhoneiros comprometeu o abastecimento

Além de falta de gasolina e problemas no transporte, paralisações afetam diversos setores da economia

Greve dos caminhoneiros compromete setores de transporte e abastecimento do país
25 de Maio de 2018 - 15h10

Os caminhoneiros entraram nesta quinta-feira (24) no quarto dia de manifestações contra o preço elevado dos combustíveis. Vinte estados e o Distrito Federal têm paralisações. Segundo a Associação Brasileira dos Caminhoneiros (Abcam), que lidera os protestos dos profissionais autônomos em todo o país, a greve só será suspensa com a publicação no Diário Oficial da decisão do governo de zerar a alíquota das contribuições PIS/Cofins e Cide para o diesel. Depois de decidirem, na quarta-feira (23), manter a greve que obstrui estradas em ao menos 11 estados brasileiros, os caminhoneiros voltarão a se reunir com o governo do presidente Michel Temer (MDB).

A paralisação tem provocado desabastecimento de combustíveis e de alimentos em diversos estados. Em São Paulo, 40% dos ônibus municipais pararam por falta de diesel. A elevação no preço do diesel é o principal motivo que leva os caminhoneiros a interromperem o trânsito nas rodovias. Entre os desdobramentos da paralisação nas estradas do país estão ameaças ao abastecimento em indústrias, no varejo, em distribuidoras e entrepostos de alimentos.