Dalete corta professores adjuntos e docentes planejam fazer greve

No meio dos professores a notícia pegou muito mal e uma greve já está sendo articulada

Dalete Oliveira tem três cassações de mandato em 1ª e uma em 2ª instância
20 de Março de 2018 - 12h15

As sandices administrativas da prefeita interina de Cajamar, Dalete Oliveira (PCdoB), parece não ter fim. Desta vez, a comunista promoveu o corte dos professores adjuntos nas salas de aula, que auxiliam no cuidado com os alunos. Essa medida revoltou os pais que temem pela qualidade do ensino e até mesmo a segurança dos filhos.

“Aonde essa mulher está com a cabeça? Já não basta as barbaridades que ela vem cometendo na saúde com fechamento dos postos, agora quer mexer na Educação tirando professor da sala de aula. As escolas estão sucateadas, não dá mais! A Justiça precisa tirar de vez essa mulher do poder”, esbravejou a moradora Célia Marques.

No meio dos professores a notícia pegou muito mal e uma greve já está sendo articulada. “A prefeita interina Dalete não tem a menor ideia do que está fazendo. Essa atitude é de uma pessoa arrogante, pois não escutou ninguém, despreparada, incompetente e completamente fora da realidade. Sem os professores adjuntos a educação dos alunos está seriamente comprometida e, por isso, vamos entrar em greve”, comentou uma professora que pediu para não ter o nome revelado temendo represálias.


Caos político e administrativo

Na Justiça Eleitoral, a prefeita afastada Paula Ribas e a vice-prefeita que assumiu como interina, Dalete, já tiveram três condenações de cassação de mandato em primeira instância e uma condenação em segunda, ambas ficaram oito anos inelegíveis, mas recorreram da decisão junto ao Tribunal Superior Eleitoral. Elas também respondem a dois processos de impeachment, que foram abertos pelo Poder Legislativo de Cajamar.

Na Educação, a construção de duas escolas no Portal dos Ipês e uma no Polvilho estão abandonadas desde o ano passado, os alunos não receberam uniforme e kit escolar, pais e mães reclamam da qualidade da merenda, creches e colégios estão sucateados há dois anos sem nenhuma manutenção e o transporte para estudantes universitários foi cortado. Na Saúde a situação é ainda pior, o Pronto Socorro Infantil, as Unidades de Saúde da Família (USF) e o Plano de Saúde da Família (PSF) foram fechados! Moradores agora enfrentam filas quilométricas para marcar uma simples consulta nas UBSs que estão sem médicos, enfermeiros, aparelhos para exames e até medicamentos básicos. Profissionais da Saúde chegaram a ficar três meses sem receber salário, além disso, uma nova Organização Social foi contratada para gerir o Hospital Municipal sem licitação em caráter emergencial por seis meses, mas já passados quatro, até agora não foi aberto novo processo licitatório e, quando vencer, os serviços do HMC também serão paralisados.

A crítica se potencializa com o fato de que neste ano a atual gestão aumentou a cobrança do IPTU em mais de 100%. No entanto, unidades do PROCON foram fechadas, ruas estão esburacadas, praças, ginásios esportivos e campos de futebol cobertos de sujeira, lixo, pichação e mato, empresas e comércios estão fechando ou se mudando para outros municípios, gerando uma onda de demissões e desemprego. Os índices de violência aumentaram e a perspectiva de melhora é praticamente nula porque o governo é o mesmo!

Cadê o dinheiro?

No ano passado, com a crise financeira instalada no município, a Câmara dos Vereadores promoveu um profundo corte de despesas com objetivo de que os recursos fossem devolvidos para a Prefeitura finalizar e entregar três escolas (duas no Portal dos Ipês e uma no Polvilho), três UBSs (Paraíso, Portal e São Benedito), Centro Dia do Idoso (Portal) e custear parte do transporte para estudantes universitários. No total, mais de R$ 4,7 milhões foram devolvidos em 2017, mas já estamos em março de 2018 e as obras continuam abandonadas. Para piorar, a prefeita interina Dalete Oliveira não responde os requerimentos dos vereadores e também não informa aonde foi parar o dinheiro.