Prefeitura de Campinas arrecada R$ 146 mil em leilão virtual de toras de eucalipto

A Prefeitura de Campinas realizou, na manhã desta quinta-feira (17), o primeiro leilão virtual de toras de eucalipto, oferecendo 2.471,10?m³ de madeira extraída de praças, canteiros e parques — a maioria vinda da Lagoa do Taquaral. O lance vencedor foi de R$?146.000, quase o dobro do valor mínimo estimado, de R$?70?mil.
Antes do leilão, um laudo do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas), da USP (Universidade de São Paulo), indicou a quantidade exata de madeira das árvores que, por seu tamanho, não eram aproveitáveis para fibra de celulose. “Esse tipo de eucalipto é ideal para a indústria da construção civil, especialmente na produção de tábuas e caibros, moirões de cerca, entre outros artefatos de madeira maciça”, explicou o secretário de Serviços Públicos Ernesto Dimas Paulella.
Agora, a empresa arrematante terá até dez dias para assinar o contrato e efetuar o pagamento para a retirada do material. “Com as toras em mãos, deverá transformar os troncos em produtos para cercas, estruturas de madeira e peças de carpintaria”, disse Paulella.
Recursos para manutenção de parques
Os R$?146?mil serão destinados ao Fundo de Fomento aos Parques Municipais, gerido pela Secretaria de Serviços Públicos para a manutenção das áreas verdes da cidade.
No mês passado, a Administração já havia vendido, também por meio de um leilão, dez mil toneladas de cavaco (resíduo triturado) de madeira e cem toneladas de rejeitos de materiais recicláveis. O valor obtido com a comercialização dos materiais foi de R$ 15.492,00, sendo R$ 15 mil da venda do cavaco e R$ 492,00 de recicláveis.
Cavaco de madeira são os resíduos de madeira que vão para a Usina Verde e por serem pedaços maiores não são utilizados na compostagem para o adubo. São picados e podem ser aproveitados para a geração de energia nas indústrias porque têm alto poder calórico. Os rejeitos de recicláveis são os materiais de coleta seletiva que não foram utilizados pelas cooperativas.
O secretário também adiantou que um novo leilão, ainda sem data definida, vai leiloar 15 mil toneladas de adubo orgânico que foi produzido pela Usina Verde de Compostagem com restos de galharia, recolhidos pelo Departamento de Parques e Jardins, e lodo da Sanasa.