Ex-deputado é condenado a 21 meses de prisão por "sexting"

Anthony Weiner foi obrigado a renunciar de seu cargo no Congresso em 2011 por outro caso

Anthony Weiner foi obrigado a renunciar de seu cargo no Congresso em 2011 por outro caso envolvendo mensagens
26 de Setembro de 2017 - 11h12

O ex-deputado federal americano por Nova York, Anthony Weiner, foi condenado nesta segunda-feira a cumprir 21 meses de prisão por ter enviado material de conteúdo sexual a uma menor de 15 anos, informou a Procuradoria de Manhattan.

“É um delito sério que merece um castigo sério”, disse a juíza Denise Cote, em referência a prática conhecida nos Estados Unidos como “sexting” (enviar mensagens de texto com conteúdo sexual). A Procuradoria havia pedido entre 21 e 27 meses de prisão para o democrata, de 53 anos, que começou a chorar ao escutar a sentença.

Weiner, que tentou a indicação democrata à prefeitura de Nova York em 2013, se declarou culpado e se entregou ao FBI no início do ano, após ser acusado de enviar o material obsceno a uma menor.

Na época, ao se apresentar a um juiz, Weiner, que trabalhou no Congresso entre 1999 e 2011, afirmou que tinha sofrido “impulsos destrutivos”. “Tenho uma doença, mas não tenho nenhuma desculpa”, reconheceu. O ex-deputado, que estava livre após pagar uma fiança, foi sentenciado ainda a cumprir três anos em liberdade supervisionada após sair da prisão, de acordo com a Procuradoria.

Weiner é casado com Huma Abedin, principal assessora de Hillary Clinton durante a campanha presidencial de 2016, mas o casal está em processo de divórcio. Em uma carta enviada à juíza responsável pelo caso, Abedin pediu indulgência para seu marido em nome do seu filho. Mesmo assim, o ex-congressista deverá entregar-se no próximo dia 6 de novembro para começar a cumprir sua sentença.

Em 2011 Weiner foi obrigado a renunciar de seu cargo no Congresso após um outro escândalo envolvendo o hábito do “sexting” vir à tona. Ele foi acusado de enviar mensagens de conteúdo sexual e fotografias a várias mulheres através da internet. As revelações também colocaram fim às suas aspirações de ser prefeito de Nova York.

(Com EFE)