Musa da pornochanchada e dos Trapalhões comemora 50 anos de carreira

Apesar de ter posado até nua na Playboy, Monique, revela que nunca se sentiu à vontade em tirar roupa

Até hoje ela é lembrada como uma das mulheres mais bonitas da pornochanchada
4 de Janeiro de 2017 - 11h03

Em 50 anos de carreira, Monique Lafond conseguiu a proeza de ser musa dos baixinhos e dos adultos, quase ao mesmo tempo. Se até hoje ela é lembrada como uma das mulheres mais bonitas da pornochanchada, foi fazendo filmes com os Trapalhões que ela ficou conhecida no país inteiro.

“Foram os que mais me projetaram. Depois de cinco mocinhas do Didi, pedi para não ser escalada mais. Estava virando uma trapalhona”, lembra a atriz, aos risos. Hoje, aos 62 anos, ela prepara seu retorno aos palcos, depois de quase uma década afastada do teatro — ela está no elenco da comédia “4 na kitchenette”, que estreia dia 13 no Teatro Princesa Isabel, em Copacabana.

“Meu nome foi feito por mim mesma. Claro que fiz muita porcaria. A gente faz quando precisa pagar o aluguel no fim do mês. Não renego minha fase de pornochanchada, mas, na verdade, só fiz dois filmes na Boca do Lixo. Um deles nem está no meu currículo, escondo”, conta Monique, que, nos últimos anos, virou professora de teatro para jovens e idosos.

Apesar de ter posado até nua na “Playboy”, Monique, que também tem várias novelas no currículo, revela que nunca se sentiu à vontade em tirar a roupa diante das câmeras. “Sempre lutei para me cobrir ao máximo em cena. Nunca gostei de ficar nua. Muitos filmes colocavam a mulher como objeto, um fetiche. Alguns diretores obrigavam as mulheres a tirar a roupa”, lembra a veterana, que beijou Lúcia Veríssimo no filme “As feras”, um de seus últimos trabalhos no cinema, que demorou anos para ser lançado.