Copom aumenta taxa Selic para conter uma forte alta da inflação

A próxima reunião do Copom está agendada para os dias 7 e 8 de dezembro

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29 de Outubro de 2021 - 16h17

A elevação da taxa Selic para 7,75% ao ano recebeu críticas de diversas entidades do setor produtivo. Em geral, há a preocupação em aumentar o risco de recessão econômica para o ano que vem. A Confederação Nacional da Indústria (CNI) informou, em nota, que a decisão prejudica a retomada do emprego e a recuperação da economia. A entidade aponta que os aumentos anteriores já começaram a ter reflexos na economia, com desaquecimento da atividade econômica. Assim, a alta na taxa deve desestimular o consumo para desacelerar a inflação.

A Federação das Indústrias do Rio de Janeiro (Firjan) informou que a aprovação das reformas administrativa e tributária se faz “inadiável e inegociável” para manter as contas públicas equilibradas e resgatar a confiança dos empresários. O economista Cláudio Frischtak afirmou que o aumento da taxa Selic foi inevitável. “Dado a inflação elevadíssima em 12 meses acima de 10%, a perspectiva de fechar o ano com uma inflação próxima de 10% e, além disso, 2022 a inflação possivelmente vai mais uma vez furar o teto da meta, o Banco Central (BC) tem que agir, não há outra alternativa”, disse, apontando que o Banco Central está tentando reduzir o impacto para 2022 e 2023.