Cezar quer distribuição de produtos de higiene para adolescentes

O parlamentar destacou que sua emenda visa ampliar as ações do governador João Doria

Deputado Cezar faz emenda na LDO para distribuição de produtos de higiene íntima menstrual para adolescentes
21 de Junho de 2021 - 14h17

Preocupado com a situação das adolescentes que não tem condições financeiras para comprar produtos de higiene íntima, o deputado estadual Cezar fez uma emenda ao Projeto de Lei que dispõe sobre as Diretrizes Orçamentárias de 2022 para destinação de recursos à compra desses produtos para meninas do estado de São Paulo. A emenda foi apresentada dia 25/05 e segue em tramitação juntamente com o PL na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo.

O tema foi destaque nesta semana na Grande Imprensa. Na TV Globo, Jornal SPTV 1ª Edição, reportagem abordou que 25% das meninas brasileiras não têm acesso a um item básico de higiene: absorvente durante a fase menstrual. “Em decorrência disso, muitas até faltam a escola. Por isso, a distribuição de produtos de higiene a essas meninas é fundamental”, disse Cezar.

O parlamentar destacou que sua emenda visa ampliar as ações do governador João Doria que lançou o programa Dignidade Íntima, dia 14/06. “É uma iniciativa importante em que o Governo do Estado vai investir mais de R$ 30 milhões na distribuição de produtos de higiene menstrual a alunas de escolas da rede estadual”, explicou o deputado. “Meu objetivo é garantir o atendimento a mais adolescentes em situação de vulnerabilidade econômica e social do Estado de São Paulo.”

O novo projeto da Secretaria de Estado da Educação foi planejado para atender todas as alunas da rede estadual, mas priorizando as que estão situação de vulnerabilidade. A distribuição dos produtos será feita de forma a garantir a privacidade das estudantes a partir de boas práticas e sugestões de escolas estaduais. A partir de julho, a pasta irá orientar as equipes escolares para o atendimento.

De acordo com o secretário de Estado da Educação, Rossieli Soares, as alunas perdem até 45 dias de aula por causa do período menstrual. “É um tema que precisa ser tratado com todo o cuidado para que essas alunas não sejam expostas”, destacou.

A ONU (Organização das Nações Unidas) estima que uma entre dez meninas no mundo sofre com o impacto da pobreza menstrual na vida escolar. No Brasil, estima-se que a média seja de uma a cada quatro meninas. Em 2014, a ONU reconheceu o direito à higiene menstrual como uma questão de direito humano e à saúde pública.