Renan Calheiros ataca governistas e critica questionamento na CPI

Relator da Comissão Parlamentar de Inquérito da Covid-19 também criticou requerimentos de senadores

Renan Calheiros é alvo de 17 inquéritos no STF por corrupção e lavagem de dinheiro
29 de Abril de 2021 - 15h40

No início da sessão da CPI da Covid-19 desta quinta-feira (29), o senador Renan Calheiros (MDB-AL) subiu o tom contra aliados do Palácio do Planalto que integram o colegiado. Um dos vice-líderes do governo do presidente Jair Bolsonaro no Congresso, o senador Marcos Rogério (DEM-RO) apresentou questão de ordem para que as oitivas de depoentes ocorram de forma presencial. O emedebista reagiu imediatamente, afirmou que a comissão estava diante de “uma evidente obstrução” e destacou que “a sociedade quer essa CPI”.

“Essa comissão era para ter sido instalada em fevereiro. Os senhores não quiseram. Nem o governo. Tivemos que conquistar a instalação no Supremo Tribunal Federal. Até para começar nossos trabalhos, hoje chegaremos a 400 mil mortes. Antes de qualquer coisa, temos que saber o que podemos fazer, o que essa CPI pode fazer, para que a gente atrase esse calendário. Isso é de uma falta de sensibilidade. Querer discutir como será um depoimento que só acontecerá na terça-feira, fazendo com que nós percamos tempo dessa forma? Isso não vai dar bem”, disse Calheiros.

A cúpula da comissão definiu, na noite desta quarta-feira (28), um cronograma inicial de depoimentos. Na terça-feira (04), devem ser ouvidos os ex-ministros da Saúde Luiz Henrique Mandetta e Nelson Teich. Um dos principais alvos da CPI, o ex-ministro Eduardo Pazuello, que ficou mais tempo à frente do Ministério da Saúde, será ouvido na quarta-feira (05). O atual comandante da pasta, Marcelo Queiroga, e o presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Antônio Barra Torres, serão convocados para prestar esclarecimentos na quinta-feira (06).