Acidente entre ônibus e caminhão deixa 41 mortos no interior

Segundo a Polícia Militar, outras 10 pessoas ficaram feridas; o ônibus levava trabalhadores

Segundo a Polícia Militar, outras 10 pessoas ficaram feridas; o ônibus levava trabalhadores do setor têxtil
25 de Novembro de 2020 - 19h55

Uma colisão frontal entre um caminhão e um ônibus deixou ao menos 41 mortos e 10 feridos na manhã desta quarta-feira, 25, no interior do Estado de São Paulo. A batida aconteceu no km 172 da rodovia Alfredo de Oliveira Carvalho, entre as cidades de Taguaí e Taquarituba, a 350 km da capital paulista.

Segundo informações da Polícia Militar, a colisão ocorreu por volta das 6h30, em um local de difícil acesso. O ônibus, com capacidade para 48 passageiros, transportava trabalhadores do setor têxtil para uma fábrica de jeans em Taguaí. No entanto, não há informações se todos os assentos estavam ocupados.

Segundo a Polícia Militar, não há históricos de acidentes graves e com vítimas na região próxima ao acidente. O Corpo de Bombeiros de Piraju, município também do interior do Estado e que fica a cerca de 60km do local, atua na região, sendo as vítimas encaminhadas para hospitais das cidades de Taguaí, Taquarituba e Fartura. Ao todo, cinco viaturas e 19 membros do Corpo de Bombeiros de São Paulo, bem como da Polícia Militar, SAMU, ambulâncias municipais da região e a polícia científica atuam no local. A rodovia já foi liberada para tráfego normal de veículos.

O médico da Santa Casa de Taquarituba, Gabriel Ortega, responsável pelo atendimento de seis vítimas do acidente, afirmou que o hospital aguarda transferência dos pacientes em estado grave. “Recebemos seis vítimas, sendo que duas, infelizmente, já chegaram em óbito. Três pessoas estão em estado grave na UTI e uma vítima está internada na nossa enfermaria com apenas escoriações. As vítimas que estão internadas em estado grave ainda não tem identificações, então ainda não conseguimos conversar com familiares. Mas, por enquanto, elas estão conosco, aguardando remoção para um serviço com complexidade maior, porque elas estão precisando de um recurso que não temos aqui.”

De acordo com Ortega, os ferimentos mais comuns entre as vítimas estão relacionados com a parte neurológica. “Absolutamente todos os pacientes que chegaram e estavam graves ou que já chegaram em óbito tiveram traumatismo crânio encefálico grave. O único paciente que não teve traumatismo foi o que teve apenas escoriações e está na enfermaria. Então o recuso que a gente precisa agora é um suporte intensivo voltado para essa parte neurológica. Por isso, estamos nos mobilizando com os hospitais da região para realocar os pacientes”, afirma. O médico reforça que os pacientes não possuem identificação. “Algumas pessoas vieram até aqui para tentar fazer algum tipo de reconhecimento, mas os pacientes não foram reconhecidos. Então a dúvida [sobre as vítimas] permanece.”