Por que a cúpula entre Trump e Kim será em Singapura

Cidade-Estado é segura, perto de Pyongyang e mantêm boas relações diplomáticas com Estados Unidos

A cidade-Estado se considera como um dos lugares mais seguros da Ásia
11 de Maio de 2018 - 10h29

Tem um pé no Oriente e outro no Ocidente, é ultramoderna e segura. Singapura é uma escolha confiável para a histórica cúpula entre os líderes de Estados Unidos e Coreia do Norte.

O presidente americano Donald Trump indicou nesta quinta-feira (10) que o encontro com o líder norte-coreano Kim Jong-un acontecerá em Singapura em 12 de junho, informação confirmada pelo ministério das Relações Exteriores singapuriano.

Singapura, um importante centro financeiro do sudeste asiático, tinha várias vantagens para ser o local escolhido: sua neutralidade, suas garantias em relação à segurança e um longo histórico como anfitrião de cúpulas internacionais, apontaram vários analistas.

A cidade-Estado se considera como um dos lugares mais seguros da Ásia. Aplica fortes restrições ao exercício da imprensa e controla estreitamente as reuniões públicas, dando lugar a um ambiente que agrada os norte-coreanos.

Neutralidade

Trata-se de um dos poucos Estados que mantêm boas relações diplomáticas com Washington e Pyongyang. O governo de Singapura considera os Estados Unidos como um aliado próximo, e a Coreia do Norte tem uma embaixada na cidade-Estado.

Coreia do Norte e Singapura mantém longa história de cooperação — o primeiro escritório de advogados e o primeiro restaurante de comida rápida instalados em Pyongyang foram abertos por singapurenses —, embora a relação tenha piorado no ano passado quando o país insular aplicou as novas sanções comerciais da ONU contra o regime norte-coreano.

Singapura também é uma escolha aceitável para a China, o principal aliado da Coreia do Norte, que exerce uma grande influência sobre Pyongyang, mesmo que o país não vá participar do encontro do mês que vem.